G1 (globo.com), Fantástico, em 18/04/2021
Em 2019, uma operação da PM do Rio deixou 15 mortos na ação mais violenta da última década no estado, e foram abertas investigações para saber se houve crime na conduta dos policiais. Tecnologia foi usada pelo Ministério Público para tentar apurar o que aconteceu.
Em fevereiro de 2019, na zona central do Rio de Janeiro, facções rivais dos morros do Fallet, Fogueteiro e Coroa travavam uma disputa por território. Uma operação da Polícia Militar na comunidade deixou 15 mortos, a ação policial mais violenta da última década no Rio de Janeiro.
Foram abertas duas investigações. Na época, a Polícia Militar abriu inquérito e concluiu que não houve “crime ou transgressão” na conduta dos PMs. E a Polícia Civil pediu o arquivamento do caso alegando que os policiais agiram em legítima defesa. A Defensoria Pública do Rio contesta o resultado das investigações
Diante de tantos questionamentos, o Ministério Público do Rio de Janeiro abriu uma nova investigação. Como a cena do crime não foi preservada, peritos reconstruíram a casa em 3D, numa parceria gratuita com um estúdio de realidade aumentada. Segundo os investigadores, essa é a primeira vez, em todo país, que essa tecnologia é usada pelo Ministério Público. O Fantástico experimentou, em primeira mão, o resultado dessa reconstituição.